Um estudo coordenado pela Embrapa Cerrados (DF) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) constatou que os plantios de povoamentos de eucalipto podem armazenar grandes quantidades de carbono.
Os resultados indicaram elevados níveis de carbono em plantios de eucalipto, e em uma área de vegetação natural, (acima de 183,99 toneladas por hectare). O estudo sugere que algumas espécies de eucalipto podem contribuir para a fixação de mais de 674,17 t/ha de CO2.
As árvores, tanto naturais como plantadas, atuam como drenos de carbono, fixando grande quantidade de carbono pelo processo da fotossíntese e o alocam na biomassa da parte aérea (tronco e copa), nas raízes e na adição de resíduos orgânicos ao solo.
Segundo os pesquisadores, no eucalipto, a madeira é a parte da planta que mais acumula biomassa e carbono, sendo que nas demais partes, como a casca, folhas e galhos, o acúmulo pode variar de acordo com as características da área. O estoque de biomassa e o armazenamento de carbono aumentaram com a idade do plantio das árvores.
“Isso valida a importância de florestas nativas e plantadas como drenos de GEE, em especial o CO2, pois mitigam as mudanças climáticas, mostrando relevância para a sustentabilidade local e para a geração de mercado de carbono”, comenta a engenheira florestal Fabiana Piontekowski Ribeiro, uma das autoras do estudo.